quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Westvleteren, o Romanné Conti das Cervejas





Nós, Lupulinas, adoramos fazer turismo cervejeiro. Visitar pequenas cervejarias pelo país e pelo mundo é garantia de nos depararmos com regiões, cidades e situações que não constam nos roteiros e guias regulares. Para isso, o automóvel tem sido um grande aliado, já que as fábricas, mosteiros e micro-cervejarias se localizam em pequenas cidades do interior deixando a hospedagem mais barata e a viagem mais divertida :)

Um dia, decidimos que era o momento de conhecer a tão falada Melhor Cerveja Do Mundo Que Só Se Bebe Ali Perto Onde Os Monges Produzem. Fomos então para Westvleteren, oeste da Bélgica, quase na fronteira com a França, na Abadia de Saint Sixtus, em frente ao In de Vrede, bar-restaurante onde se bebe a tal Melhor Do Mundo.



É bom que se saiba que os monges produtores de cerveja trapista são da Ordem dos Cistercienses Reformados de Estrita Observância (amamos este nome) e que, mesmo existindo 170 mosteiros desta ordem no mundo, apenas sete têm licença para produzir a renomada iguaria líquida. Seis deles ficam na Bélgica (Rochefort, Westmalle, Westvleteren, Orval, Achel e Chimay) e um na Holanda (La Trappe).

(...)

In de Vrede e Saint Sixtus

Como não existem ônibus, carroças ou trens para Saint Sixtus, foi indispensável o uso do carro e um GPS porque os monges trapistas desta abadia não gostam de placas indicativas e outras facilidades que observamos em outros monastérios que visitamos. Chegar a Westvleteren é uma espécie de Corrida Maluca praticada com prazer pelos amantes da cerveja em todo o mundo (mesmo os 11 km desde Poperinge foram cheios de voltinhas).

Depois de nos perdermos e nos acharmos, encontramos a abadia, que passava por algumas reformas e muitas dificuldades financeiras. Das sete abadias com certificados para a fabricação de cervejas trapistas no mundo, o mosteiro de Westvleteren é o único que não exporta nem comercializa suas bebidas fora da região. Eliminando custos, as garrafas não têm rótulo. Isso lhe confere certa mística, mas também limita a entrada de grana. Apesar disso, eles não pretendem aumentar a produção que é trabalho de apenas dez dos trinta beneditinos que vivem no monastério.

É para o sustento dos monges e para a manutenção da produção que, em frente à abadia, funciona um grande bar que serve exclusivamente os três tipos de cervejas Westvleteren e vende copos, queijos e outros itens. Atenção, porque não é restaurante. Para acompanhar as cervejas, você pode escolher o maravilhoso queijo trapista feito com a própria cerveja, alguns embutidos, conservas e só.

Se você quiser levar bebida para o hotel ou para o Brasil, prepare-se: é dificílimo sair dali com garrafas. Quem sai com um pacote de seis, por exemplo, tem que ter agendado a compra e deve trazer de volta os cascos no dia seguinte, sob pena de ser banido para sempre (Tá, esse papo de ser banido é um exagero, mas é verdade que é quase impossível sair com garrafas de Westvleteren). Enfim, beba o que você quiser beber ali mesmo. Serão momentos inesquecíveis. Só para sofrermos, informamos que cada Wesvleteren custa um euro e sessenta centavos, menos que uma Skol na balada /o\



Qual o segredo da Melhor Cerveja do Mundo? Apostamos que há algo naquela levedura, guardada a sete chaves pelos monges desde 1838. Por sorte, ela também pode ser apreciada nas cervejas St Bernardus, da vizinha cidade de Watou que, até 1992, fabricava as Westvleteren (que depois voltaram a ser produzidas na abadia de Saint Sixtus, exigência para ostentar o selo “trapista”). Assim se você quiser saber, de longe, qual o sabor da Melhor do Mundo, beba uma St Bernardus, facilmente encontrada aqui no Brasil nas melhores casas do ramo.



segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Para saber mais: Cervejas de Trigo, por Lupulinas








A cerveja de trigo é a porta de entrada para novos consumidores de cerveja artesanal. Provavelmente porque, sem muito lúpulo, ela não se caracteriza pelo amargor pronunciado, facilitando o paladar do querido novato (beijo, Pedro Alex :)) Nascida e consumida principalmente na região sul da Alemanha, a famosa Baviera, ela foi apelidada de Weissbier (cerveja branca) por ser mais clara que as Ales consumidas na Idade Média, mas também atende pelo nome de Weizenbier (cerveja de trigo). Dá tudo na mesma. Ela veio pra ficar, ganhou o velho mundo, atravessou oceanos e chegou às Américas.

Para nosso clima ela é excelente. Primeiro, porque é uma cerveja refrescante e seus componentes cítricos, com toques de banana e laranja, combinam com o clima tropical. Mas não é só isso: elas casam muito bem com peixes ou frutos do mar, com pratos apimentados ou petiscos picantes, sendo uma companhia perfeita para a vida praiana. Considerando que temos oito mil quilômetros de litoral, sua carreira promissora está apenas começando no Brasil.

Além da cevada, usual em outros tipos de cerveja, a Weissbier (chamada também de Hefeweizen, Weizenbier ou Hefeweissbier) contém malte de trigo, o que lhe confere um aspecto turvo porque o trigo não é tão facilmente filtrável. Mas não se importe com sua aparência opaca: é nela que reside toda a graça e complexidade das Weiss. E é no fundo da garrafa – que deve ser guardada de pé na geladeira e não balançada antes do consumo – que fica o depósito espesso de leveduras que deve ser misturado ao copo na hora de servir. Como geralmente as cervejas de trigo vêm em ampolas de 500 ml é recomendado aquele copo alongado, para o aproveitamento deste néctar depositado no fundo da garrafa. Se você não o tiver à mão ou for dividir, basta compartilhar também a levedura, fraternalmente.

As marcas alemãs mais conhecidas ao redor do mundo são Paulaner, Erdinger, Schneider Weisse, Weihenstephan e Franziskaner, sendo esta última a preferida das Lupulinas. Tivemos também o prazer de experimentar a Watou’s Wit, uma belga fabricada em Poperinge, a capital do lúpulo. Bem refrescante e com um toque de limão maravilhoso. Uma boa relação custo-benefício aqui no Brasil é a lata da Oettinger Hefeweizen, honesta e equilibrada.

Mas a delícia mesmo é que as cervejas de trigo começaram a ser fabricadas no Brasil por cervejarias artesanais que têm oferecido uma variedade incrível. Misturando ingredientes locais, como pede a tradição do artesanal, listamos abaixo algumas de nossas preferidas (lembrando que, assim como novas marcas saem e entram no mercado, estamos em constante atualização).

As Brasileirinhas

- Eisenbahn Weizenbier (Cervejaria Eisenbahn, Blumenau, SC) – bem aromática é nossa brasileira de trigo preferida. Bem mais densa e encorpada do que as similares nacionais, tem boa acidez, com acentos de banana e cravo. É naturalmente turva, além de possuir uma linda cor dourada. É bastante refrescante também. ABV 4,8

- Hop Weiss (Cervejaria Bodebrown, Curitiba, PR) – o mestre cervejeiro conseguiu adicionar mais lúpulo (inclusive fresco, através de dry hopping) a esta cerveja de trigo de maneira bastante equilibrada. Nem o frutado e nem o amargor se sobressaem, sobrando frescor. Adoramos porque apreciamos adição de lúpulos (tradicionais amantes de Weiss podem estranhar, contudo).  ABV 4,9 IBU 34,1

- Bamberg Weizen (Cervejaria Bamberg, Votorantim, SP) – bastante leve, refrescante, com banana discreta (mais no aroma que no sabor) e sutil amargor e boa acidez que a deixam menos frutada. ABV 4,8

- Appia – (Cervejaria Colorado, Ribeirão Preto, SP) – o diferencial é a utilização de mel em sua composição. ABV 5,5

- Wäls Witte (Cervejaria Wäls, Belo Horizonte, MG) – refrescante, de receita belga, traz ao paladar gosto de laranja e especiarias. ABV 5 IBU 20

- Witbier Taperebá (Cervejaria Amazon, Belém, PA) que como o nome indica leva em sua receita a fruta amazônica taperebá, também conhecida como cajá. Bem refrescante, ela segue a tradição das receitas belgas. ABV 4,7


P.S.: Não incluímos a Hoergaarden nesta lista porque ela tem uma fabricação diferenciada e ganhará um post só dela. #kiridinha

Lupulinas

domingo, 19 de outubro de 2014

Corrupção sem corruptores: O Paralogismo da Grande Imprensa Brasileira




Algumas questões para reflexão:

Existe corrupção sem corruptos e corruptores?
No Brasil, parece que os holofotes só iluminam os corruptos e devem iluminar mesmo, mas quando se ignora os corruptores caímos no cinismo demagógico.

A corrupção no Brasil só existe na esfera pública/política?
No Brasil, parece que só os políticos são corruptos, como se os políticos já nascessem políticos e não se tornassem políticos eleitos por nós cidadãos.
No Brasil também, parece que as grandes e pequenas empresas estão livres da corrupção, sendo que as grandes são os principais corruptores que alimentam a corrupção neste país, tanto patrocinando os principais partidos políticos (PSDB, PT, PMDB, PP, DEM, PDT...), quanto comprando privilégios políticos (licitações, por exemplo) e superfaturando obras públicas executadas e construídas pelas grandes empresas.

A corrupção no Brasil está restrita a um partido?
No Brasil, na visão da grande imprensa, principalmente, a Veja, parece que sim.
Chega a ser constrangedor, a Veja não citar nenhum envolvimento do PSDB nas redes de corrupção.
E quando a revista se vê obrigada a mencionar algo contra a sua linha editorial totalmente parcial, sempre o faz, por meio de seus blogueiros, os terroristas da opinião, terroristas, porque colocam suas opiniões como fatos e verdades incontestes.

A corrupção, no Brasil, chegará ao fim mudando o presidente?
Parece que pelo menos metade da população pensa que sim. Ora, meus queridos, para ficarmos só no exemplo das empreiteiras, acessem o TSE e vejam que todas as grandes empreiteiras patrocinam tanto Aécio quanto Dilma.
Para buscarmos o fim da corrupção no Brasil, teremos que fomentar uma mudança cultural a partir da sociedade civil.
O brasileiro, em geral, não vê problema em ser beneficiado em detrimento dos outros e isto está na base da corrupção, que geralmente percebemos quando o brasileiro em questão torna-se político e é descoberto.
Portanto, é uma questão cultural que remonta ao Período Colonial, os políticos são apenas a ponta do iceberg, a parte visível do problema.

Por último, a corrupção é o maior problema do Brasil?
A grande imprensa nos faz pensar que sim, mas não é.
A desigualdade social sim, é o maior problema do Brasil: 2% dos Brasileiros detém mais de 50% da riqueza do Brasil, e isto ocorre há mas de 500 anos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Impressões do 1°Turno de Campanha (rótulos)


 

Dilma: burocrata obtusa











Marina: oportunista sem convicção








Aécio: tecnocrata almofadinha 




















 Eduardo Jorge: social-democrata ao melhor estilo escandinavo







 



Luciana Genro: socialista coerente 











 Levi Fidelix: fascista troglodita













 
 

Everaldo: cabo eleitoral do Aécio










Se o voto fosse determinado pelo desempenho dos candidatos em campanha, poderíamos votar de olhos "fechados" no 50 ou no 43:

Luciana Genro e Eduardo Jorge foram disparados os melhores do 1° Turno!



domingo, 31 de agosto de 2014

Os risíveis neoclássicos: mesmices recicladas


Só mesmo os tais economistas neoclássicos, monetaristas e economistas ortodoxos de um modo geral para me causarem desprezo, riso e revolta no mesmo instante.
Suas teorias furadas que pensam determinar racionalmente as expectativas econômicas que para eles também são racionais não foram capazes de evitar as crises cíclicas ao longo do século XX e nem no atual, pois também suas predições e receitas infalíveis não puderam evitar a crise mobiliária estadunidense e nem a europeia mais recentemente.
Tais crises, é claro, são ótimas oportunidades de lucro rápido e fácil pois são momentos de desequilíbrios conjunturais (para usar o mesmo vocabulário dos "papas" da economia) e "apenas" os países sem moeda forte e a maioria dos cidadãos que não têm e nem podem ter carteiras de investimentos alternativos perdem. Obviamente, não eles, pois são minorias, melhor, elite e sabem onde colocam seus investimentos, pois sabem antes de todos.
Se não bastasse isso, quem é a capa da revista de negócios mais influente do Brasil nesta semana? Ele mesmo, o representante dos neo-old-clássicos brasileiros com sua receita de bolo infalível, Armínio Fraga! O queridinho de playboys (quase nada contra os playboys) mineiros frequentadores assíduos das noitadas cariocas e ex-seringueiras (nada contra os seringueiros) que deixaram a floresta para se associar a multinacionais que ganham fortunas com os elixires da Amazônia.
Para quem como eu não cai nesta história oca de autonomia de Banco Central ser o remédio para os males econômicos e não engole as receitas de meta e superávit primário (as receitas infalíveis que sempre falham), vai aqui uma dica para uma ótima leitura: “Independência do BC” de Luiz Gonzaga Belluzzo, colunista da Carta Capital, publicado em 03 de setembro de 2014.

Outras Paragens - Reflexões sobre o Presente



Às vezes a melhor forma de fazer reflexão sobre o mundo em que vivemos é reler os clássicos, mas estava cansado de ler e reler autores que do alto de seus escritórios sobre cafés parisienses ou coberturas com vista para o Central Park impunham maneiras e mais maneiras (gerais e globalizantes) de ver, sentir e pensar a vida. E que vida era esta?  A que eles conseguiam ver e ouvir de suas salas climatizadas? 
Decidi então, me voltar a outras paragens... Acho que ninguém pode falar com propriedade sobre algo que não viveu... que ninguém pode falar de nós pobres latino-americanos e nossas vidas ceifadas por rupturas atrozes sem que tenha se tornado, voluntária ou involuntariamente, subproduto de culturas abortadas e sociedades cindidas, dissonantes, marcadas por desigualdades extremas.
Tais paragens me levaram a autores como Octavio Paz e Eduardo Galeano... dos clássicos Labirinto da Solidão e As Veias Abertas da América Latina... Encontrei um oásis de clarividência, argúcia e sensibilidade e, em vez de comentá-los, resolvi, ainda bem, transcrever alguns trechos de obras destes dois grandes pensadores:

Reflexão 1:

Incansável porvir

[...] Perseguimos a modernidade em suas incessantes metamorfoses e nunca chegamos a agarrá-la. Sempre escapa: cada encontro é uma fuga. Tão logo a abraçamos ela se dissipa: era apenas um sopro de ar. É o instante, este pássaro que está em toda parte e em lugar nenhum. Queremos pegá-lo vivo, mas abre suas asas e desaparece, tornando um punhado de sílabas. Ficamos com as mãos vazias. Então, as portas de percepção se entreabrem e aparece o outro tempo, o verdadeiro, o que buscávamos sem o saber: presente, a presença.
(Octavio Paz. Discurso para o Prêmio Nobel de Literatura, em 1990. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, Ano 9, nº 107, agosto de 2014).

Reflexão 2:

Educando com o exemplo

Os modelos do êxito
[...] No mundo como ele é, mundo ao avesso, os países responsáveis pela paz universal são os que mais armas fabricam e os que mais armas vendem aos demais países. Os bancos mais conceituados são os que mais narcodólares lavam e mais dinheiro roubado guardam. As indústrias mais exitosas são as que mais envenenam o planeta, e a salvação do meio ambiente é o mais brilhante negócio das empresas que o aniquilam. São dignos de impunidade e felicitações aqueles que matam mais pessoas em menos tempo, aqueles que ganham mais dinheiro com menos trabalho e aqueles que exterminam mais natureza com menos custo.
Caminhar é um perigo e respirar é uma façanha nas grandes cidades do mundo ao avesso. Quem não é prisioneiro da necessidade é prisioneiro do medo: uns não dormem por causa da ânsia de ter o que não têm outros não dormem por causa do pânico de perder o que têm. O mundo ao avesso nos adestra para ver o próximo como uma ameaça e não como uma promessa, nos reduz à solidão e nos consola com drogas químicas e amigos cibernéticos. Estamos condenados a morrer de forme, a morrer de medo ou a morrer de tédio, isso se uma bala perdida não vier abreviar nossa existência.

Será esta liberdade, a liberdade de escolher entre ameaçadores infortúnios, nossa única liberdade possível? O mundo ao avesso nos ensina a padecer a realidade ao invés de transformá-la, a esquecer o passado ao invés de escutá-lo e a aceitar o futuro ao invés de imaginá-lo: assim pratica o crime, assim o recomenda. Em sua escola, escola do crime, são obrigatórias as aulas de impotência, amnésia e resignação. Mas está visto que não há desgraça sem graça, nem cara que não tenha sua coroa, nem desalento que não busque seu alento. Nem tampouco há escola que não encontre sua contraescola.

(GALEANO, Eduardo. De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2013).

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mitos de Prometeu e Pandora



Questões para interpretar o texto discutido e comentado na sala de aula. 
(terça-feira, 26 de agosto de 2014)


(Responda na própria página da internet e depois envie clicando em submit)

Para ampliar os conhecimentos sobre a Mitologia Grega e responder a questão 4 que pede para pesquisar outro mito grego, acesse o livro no link abaixo. 
O livro também está disponível para download.







Helena de Troia

domingo, 17 de agosto de 2014

Segundo Turno! Dilma e Marina?




Evitei de fazer prognósticos políticos em respeito a Eduardo Campos.

Embora ele não fosse meu candidato, e a Marina Silva possa ser, não devido à tragédia, mas porque acreditava e apoiei a criação da REDE, que não se concretizou por motivos que não cabe aqui citar.

Mas, passados alguns dias, creio que posso projetar aqui alguns cenários: concordo com quase tudo com que Roberto Freire disse na reportagem, faço apenas alguns adendos.

Marina é mais conhecida que Eduardo e certamente terá mais votos que ele.

É quase certo que nesse novo cenário haverá segundo turno, o que no primeiro momento é bom para Aécio.

Mas se Marina conseguir passar aos eleitores que representa uma oposição mais consistente ao PT do que o Aécio (no que eu acredito) aí poderemos ter um segundo turno com Dilma e Marina.


Neste cenário, Marina Silva, na minha modesta opinião, seria favorita devido a ter menos rejeição e conseguir agregar a maioria dos descontentes com o governo do PT que jamais votariam em Aécio.

sábado, 2 de agosto de 2014

Pinot noir ou Cabernet Sauvignon, mono varietal ou varietal, Borgonha ou Bordeaux?

 Romanée-Conti, o Pinot Noir mais famoso e apreciado do mundo.

História, Revolução Francesa, Napoleão, Igreja Católica, monges beneditinos, conquista normanda, herança romana e muito mais neste belo artigo que também é, claro, sobre vinhos.

 Região da Borgonha onde é produzido o Romanée Conti.

E eu aqui no meu Carmenère chileno de 30 reais...


  Carmenère Santa Carolina de 30 reais.

Aliás nem precisava do adjetivo, pois as pragas exterminaram as Carmenère da Europa, portanto, parece que é uma exclusividade do Chile... 

 Um dos vinhos de Bordeaux mais apreciado.



Mas é muito bom e, por trintinha, é o melhor vinho do mundo... kkk. Bem distante destes suaves de mesas, vulgo, suco de uva ralo, que só tem no Brasil.


Bordeaux na França.

Para ler algo muito mais interessante:

sexta-feira, 18 de julho de 2014

GNU, Linux, código-fonte aberto e o futuro das ciências





Existe um tema que há muito me cativa: software livre!

Quando fiz minhas primeiras leituras e assisti alguns documentários e vídeos sobre software livre, código de fonte aberto, licença GNU (GPL) e esquerdo autoral fiquei irremediavelmente fascinado pelo tema.

Creio que o futuro das ciências está no compartilhamento livre de esforços e conhecimentos.

Estou certo também que existe uma guerra entre os que defendem o livre compartilhamento de conhecimento e aqueles que lutam pelo direito de propriedade.

Direito de propriedade! É este o ponto! 

É preciso esclarecer o que é isto! Acho que todo mundo deve ter o direito de fazer o que quiser de sua criação, e entendo que alguns não queiram compartilhá-la ou que queiram limitar este compartilhamento e ganhar dinheiro com isso.

Não acho que o mundo seja uma guerra maniqueísta, em que de um lado estejam anjos como Richard Stallman e Linus Torvalds e de outro, demônios como Steve Jobs e Bill Gates, não mesmo.

Por exemplo, Linus ganhou muito dinheiro com o seu kernel do Linux. O sistema operacional criado inicialmente pelo finlandês e depois constantemente aperfeiçoado por milhões de pessoas no mundo não faz parte do domínio público, é propriedade intelectual de Linus Torvalds, mas com uma grande diferença, é uma licença GNU, ou pela própria definição de seu autor, Stallman, é um "esquerdo autoral".

Esquerdo autoral é o direito autoral às avessas: você só pode utilizar o “produto” desde que compartilhe em código-fonte aberto o que utilizou e as eventuais modificações que fez. Este tipo de licença foi criada para evitar que empresas se apropriassem de softwares livres, fizessem modificações e, em vez de, compartilhá-las também livremente, se apropriassem e começassem a vender e a ganhar dinheiro com isso.

Por outro lado, é preciso compreender historicamente o que é direito autoral. Quando pensamos em grandes corporações, as leis de direitos autorais não estão protegendo o direito legítimo, a meu ver, de manter para si uma criação. Muito ao contrário, o que vemos, em geral, hoje em dia, são as grandes corporações registrando em seu nome patentes que foram criadas a várias mãos, de forma compartilhada e que passam a ser vendidas como produto da empresa. 

Trabalhei por algum tempo numa empresa em que era obrigado a assinar um contrato, caso quisesse trabalhar lá, em que todas as criações, aprimoramentos ou soluções técnicas dentro do ambiente e no horário de trabalho que viesse a fazer (não criei nada que valesse a pena, mas se criasse não seria mais minha propriedade e sim da empresa em questão), passaria a ser propriedade da empresa. Isto soa como natural e normal hoje em dia. Normal pode ser, mas natural com certeza não é. 

É preciso que se diga que as leis de direitos autorais existem não para proteger o direito de criação individual, mas sim para impedir que a criação pessoal seja de seu criador tornando-a produto do empregador. E é bom que se diga também que isto se tornou mais problemático nesta época fluída em que vivemos, pois, atualmente, a mercadoria tornou-se uma anti-mercadoria, sem forma, sem peso e impalpável, impossível de ser completamente capturada pelas leis de mercado.

No entanto, desde os tempos da revolução industrial o produto do trabalho não é mais do trabalhador e sim dos donos dos meios de produção, a questão nova é que agora o controle sobre os direitos autorais tornou-se praticamente impossível. Portanto, temos que fazer uma avaliação mais aprofundada sobre direitos autorais. Porque comparar simplesmente uma pessoa que se propõe a compartilhar sua criação ou a utilizar uma criação alheia para fazer algo melhor com piratas que atacavam navios para roubar ouro e prata, é forçar e muito a barra.

Segue alguns  livros e links sobre o tema:



Só por Prazer Linux - os bastidores da sua criação



A Ética dos Hackers


Cibercultura


http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/07/fisl14-palestra-discute-etica-hacker-dentro-da-sala-de-aula.html

http://www.youtube.com/watch?v=plMxWpXhqig

http://www.youtube.com/watch?v=YPqVO2L3K7M

http://www.youtube.com/watch?v=hZcPedvLqTM

http://www.youtube.com/watch?v=fWGYfzn7OBs


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Roda Viva | Juca Kfouri | 09/06/2014



Para quem não assistiu o Programa Roda Viva com Juca Kfouri, não pode deixar de ver, pois foi excelente... aulas de jornalismo, história, política e crítica social.